Tributo à Clara Nunes marcou o encerramento da Festa Literária Internacional de Maringá (Flim), no domingo, 25, depois de cinco dias de intensa programação. Cerca de 50 mil pessoas passaram pelas instalações montadas no estacionamento do Estádio Willie Davids e pelo palco na Travessa Jorge Amado. Pesquisa com dados mais consolidados está em fase de tabulação, massobressai elogios ao evento feito por dezenas de autores e artistas. “Todos ficaram impressionados com organização da festa e com a cidade”, destaca o secretário de Cultura, Miguel Fernando.
Deslocada do Centro de Convivência Renato Celidônio (Praça da Catedral) para o entorno do estádio, decisão fundamental para cumprir diversos objetivos, entre eles aproveitar o intenso fluxo de pessoas na região, pela proximidade de instituições de ensino superior (PUC e UEM, entre outras) e do Mercadão de Maringá, a Flim se consolidou nesta edição como um evento literário de repercussão nacional. Não apenas pelo peso dos convidados, mas essencialmente pela programação, extensa e variada. A agenda começava às 9 da manhã e se encerrava às 22 horas.
Estrutura mais ampla também foi decisiva para ampliar a programação, criando espaços para a realização de diversos eventos paralelos. A diversidade, aliada à segurança e conforto, justifica a imensa multidão que diariamente fazia da festa literária um ponto de encontro para celebrar a diversidade de manifestações culturais num ambiente democrático. “Essas características reafirmam não apenas um conceito do evento, mas especialmente da cultura, que se expressa exatamente de forma diversificada mas ser representativa”, afirma Miguel Fernando.
Ao longo de cinco dias, a Flim se tornou ponto de encontro de mais de três dezenas de autores, cujos livros passeiam pelos temas mais variados para construir a ideia de diversidade. Os escritores foram escolhidos por comissão independente (sem nenhuma conexão com a prefeitura) formada por 21 pessoas representando diversos segmentos culturais. A seleção, feita a partir de uma lista com mais de uma centena de indicações, levou em consideração exclusivamente a produção intelectual de cada autor, conforme critério adotado pelo curador do evento, Rogério Pereira.
A festa literária também se consolidou pelo seu perfil agregador, à medida que os eventos não se concentraram apenas no local, desenvolvendo-se junto a escolas – e estas encaminhando seus estudantes para interagir com a agenda cultural. A distribuição de vales, totalizando R$ 35 mil, permitiu aos estudantes trocá-los por livros, promovendo a leitura. Aliás, as editoras e livrarias presentes na Flim contabilizaram expressivo volume em vendas, já confirmando participação na próxima edição.
O secretário de Cultura, que coordenou o evento junto com uma ampla equipe de diretores, gerentes e assessores, além do apoio de diversas secretarias, já projeta a próxima edição da Flim, no mesmo local e ainda mais espaçosa para atender a demanda de expositores. Sobre as novidades para 2019, Miguel Fernando pretende ampliar o número de autores internacionais. Não descarta a presença de nomes consagrados na literatura e cujos livros se transformaram em roteiros de filmes. Nomes? Prefere esperar o avanço das negociações para revelar, mas a Flim do ano que vem já começou.
Diretoria de Comunicação – Prefeitura de Maringá